FOFs Vale a Pena? Descubra se os Fundos de Fundos Ainda Compensam em 2025

Em 2025, muitos investidores se perguntam: FOFs vale a pena ou ainda faz sentido delegar a gestão da carteira de FIIs para fundos especializados? Com o mercado imobiliário em constante mudança e os juros em patamares elevados, os Fundos de Fundos (FOFs) voltam ao centro da discussão.

A seguir, você encontrará uma análise completa, com dados atualizados, prós e contras, comparações reais e dicas práticas para decidir se os FOFs fazem sentido no seu portfólio.


O que são FOFs?

Os Fundos de Fundos (FOFs) são FIIs que investem em outros FIIs. Em vez de aplicar diretamente em imóveis ou papéis, o investidor compra cotas de um fundo cuja carteira é composta por diversos fundos imobiliários. Assim, delega a gestão ativa a um time profissional, que escolhe quais FIIs comprar, vender ou manter.


FOFs vale a pena? Os argumentos a favor

Diversificação automatizada

Uma das maiores vantagens dos FOFs é a diversificação automática. Com um único investimento, o cotista passa a ter exposição a dezenas de fundos, o que dilui riscos e evita concentração em ativos problemáticos.

Gestão profissional

Além disso, muitos FOFs são geridos por equipes com experiência e capacidade de analisar tendências do mercado imobiliário, avaliar riscos e identificar oportunidades. Para quem não tem tempo ou domínio técnico, essa é uma forma de acessar estratégias mais elaboradas.

Liquidez e agilidade

Outro ponto importante: a gestão ativa permite reagir rapidamente a mudanças econômicas. Se determinado setor, como lajes corporativas, começa a dar sinais de enfraquecimento, o FOF pode realocar parte da carteira para FIIs de recebíveis (CRIs), por exemplo.


Mas será que FOFs ainda compensam em 2025?

Embora os FOFs tragam vantagens, a pergunta continua válida: FOFs vale a pena mesmo com os resultados recentes abaixo do CDI?

Desempenho fraco em comparação ao CDI

Em 2024, nenhum dos 28 FOFs listados na B3 superou o CDI, que fechou o ano em 8,82%. Segundo levantamento do Estadão Investidor, o melhor retorno foi de 5%, o que representa apenas 56,68% do benchmark. Ou seja, apesar da proposta de gestão profissional, os resultados têm frustrado expectativas.

Taxas em cascata

Outro ponto crítico são os custos. O investidor paga a taxa de administração do FOF e, indiretamente, também dos FIIs que compõem a carteira. Isso reduz a rentabilidade líquida, principalmente em períodos de menor valorização dos ativos.

Rendimento instável

Apesar de muitos FOFs anunciarem dividend yields entre 8% e 10%, esses números muitas vezes não refletem rendimentos consistentes. Parte do lucro pode vir de ganhos com negociações (trading), que não se sustentam no longo prazo.


Dados atualizados: os principais FOFs em 2025

De acordo com o Clube FII, os FOFs com maior patrimônio líquido e volume de negociação atualmente incluem:

  • BCFF11: PL acima de R$ 1,2 bi, dividend yield em torno de 9,2%, mas com P/VPA de 0,89 — sinal de deságio.

  • MGFF11: Com estratégia ativa, distribuição próxima a 0,9% ao mês, e liquidez alta.

  • RBRF11 e FOFT11: Também entre os maiores em volume e diversificação.

Esses dados mostram que mesmo os maiores FOFs enfrentam desconfiança do mercado, refletida no desconto sobre o valor patrimonial.


Comparativo: montar sua carteira ou investir em FOFs?

A pergunta que muitos fazem é: vale mais a pena escolher FIIs individualmente ou deixar essa tarefa para um FOF?

Critério Carteira Própria FOFs
Tempo e dedicação Alto Baixo
Controle das decisões Total Nenhum
Custo total Menor Maior (taxas duplas)
Acesso a ativos raros Limitado Possível
Potencial de retorno Depende da sua habilidade Depende do gestor

Ou seja, FOFs são indicados para quem não quer (ou não sabe) montar uma carteira ativa. Mas se você tem conhecimento e tempo para estudar o mercado, pode conseguir retornos melhores por conta própria.


Quais alternativas aos FOFs estão ganhando espaço?

Diante do desempenho questionável dos FOFs, muitos investidores estão considerando outras estratégias, como:

  • FIIs de papel (CRIs) com alto yield e menor volatilidade.

  • Carteiras híbridas com FIIs de tijolo e papel, balanceadas conforme o cenário.

  • ETFs de FIIs, como o XFIX11, que oferecem diversificação e custo mais baixo.

  • FIIs com gestão passiva e histórico sólido, que distribuem dividendos previsíveis e têm maior transparência.


Conclusão: FOFs vale a pena em 2025?

FOFs vale a pena se você busca praticidade, diversificação automática e confia na capacidade do gestor. No entanto, os dados mais recentes mostram que o desempenho tem sido limitado, muitas vezes inferior ao CDI e a carteiras bem montadas por investidores individuais.

Portanto, avalie com atenção. Verifique taxas, consistência dos rendimentos, e se o FOF negocia com desconto sobre o VPA. E, claro, compare com alternativas mais simples e baratas.

Insight prático:

Se decidir investir em FOFs, priorize aqueles com bom histórico de dividendos, taxa de administração abaixo de 1% e cotação descontada. Já se quiser assumir o controle, use ferramentas como o Status Invest para montar e monitorar sua própria carteira de FIIs.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima