Tesouro Direto ou CDB 2025: Qual Rende Mais Neste Cenário de Juros Altos?

Comparação entre Tesouro Direto e CDB com gráficos e moedas brasileiras sobre uma calculadora financeira

Com a taxa Selic em 14,25% ao ano, a renda fixa voltou a ser uma escolha relevante para investidores brasileiros. Afinal, com os juros em alta, a busca por alternativas mais rentáveis e seguras cresce de forma natural. Nesse contexto, surge uma dúvida essencial: Tesouro Direto ou CDB 2025, qual rende mais?

Embora ambos ofereçam bons retornos, é importante entender que suas características atendem a perfis e objetivos diferentes. Por isso, neste artigo você verá comparações diretas, simulações práticas e uma análise completa para tomar decisões com mais segurança e clareza.


Tesouro Direto ou CDB 2025: Entenda o Que São

Tesouro Direto: Segurança e Acessibilidade

O Tesouro Direto é um programa do governo federal criado para permitir que pessoas físicas invistam em títulos públicos com facilidade. Dessa forma, o investidor pode emprestar dinheiro ao governo e receber juros em troca.

Existem três tipos principais de títulos:

  • Tesouro Selic: acompanha a taxa básica de juros;

  • Tesouro IPCA+: protege contra a inflação;

  • Tesouro Prefixado: oferece uma taxa fixa no momento da aplicação.

Além disso, é possível começar com pouco dinheiro, o que o torna ideal para iniciantes. Outro ponto positivo é a liquidez diária, que permite o resgate em D+1.

CDB: Rentabilidade e Opções Diversificadas

O CDB (Certificado de Depósito Bancário) é emitido por instituições financeiras. Ou seja, ao investir, você empresta dinheiro ao banco, que te paga uma remuneração acordada previamente.

Esse tipo de produto pode ser:

  • Pós-fixado: geralmente atrelado ao CDI;

  • Prefixado: com rendimento fixo desde o início;

  • Híbrido: combina uma taxa fixa com um índice, como o IPCA.

Além disso, o CDB conta com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que cobre até R$ 250 mil por CPF e por instituição.


Simulação Real: Tesouro Direto ou CDB 2025 na Prática

Para ilustrar as diferenças, vamos considerar uma aplicação de R$ 10.000 por 12 meses, com base na Selic atual (14,25%).

Tesouro Selic

  • Rentabilidade bruta: 14,25% ao ano

  • Taxa de custódia (B3): 0,2% ao ano

  • IR (17,5%): aplicado sobre os rendimentos

  • Resultado líquido estimado: R$ 1.160

CDB 100% do CDI

  • Rentabilidade bruta: 14,15% ao ano

  • Sem taxa de custódia

  • IR (17,5%): aplicado da mesma forma

  • Resultado líquido estimado: R$ 1.170

CDB 110% do CDI

  • Rentabilidade bruta: 15,56% ao ano

  • Resultado líquido estimado: R$ 1.290

Portanto, quando o CDB oferece uma taxa superior a 100% do CDI, sua rentabilidade líquida tende a superar o Tesouro Selic. Contudo, é fundamental considerar o prazo e as condições de resgate.


Liquidez: Quando Você Pode Resgatar?

A liquidez é essencial para quem deseja ter acesso rápido ao dinheiro investido. A seguir, veja as diferenças entre Tesouro Direto e CDB nesse aspecto.

Tesouro Direto

  • Permite resgate em D+1;

  • Quase não sofre impacto de marcação a mercado, especialmente no Tesouro Selic;

  • Ideal para montar uma reserva de emergência.

CDB

  • Existem CDBs com liquidez diária, mas não são a maioria;

  • Produtos com melhores taxas exigem que o valor permaneça investido até o vencimento;

  • Antes de investir, é importante verificar as condições de resgate no contrato.

Dessa forma, o Tesouro Direto se destaca pela flexibilidade e rapidez de liquidez.


Segurança: Qual É Mais Confiável?

Ambos os investimentos são considerados seguros, mas por razões diferentes.

  • O Tesouro Direto é garantido pelo governo federal, sendo o ativo mais confiável do mercado nacional;

  • Já o CDB conta com a proteção do FGC, que garante o reembolso em caso de falência do banco emissor — até o limite de R$ 250 mil por CPF e instituição.

Contudo, o processo de recuperação via FGC pode demorar algumas semanas. Por isso, é sempre indicado diversificar aplicações acima desse limite.


Tributação: Como o Imposto Afeta os Ganhos?

A incidência de Imposto de Renda segue a tabela regressiva, válida tanto para Tesouro Direto quanto para CDBs:

  • Até 180 dias: 22,5%

  • De 181 a 360 dias: 20%

  • De 361 a 720 dias: 17,5%

  • Acima de 720 dias: 15%

Além do IR, o Tesouro Direto possui uma taxa de custódia de 0,2% ao ano, cobrada pela B3. Já os CDBs normalmente não têm outras taxas embutidas. Por esse motivo, os CDBs podem levar uma ligeira vantagem no longo prazo — desde que apresentem boas taxas e prazos compatíveis com seus objetivos.


Perfil do Investidor: Qual Opção Combina Mais com Você?

Perfil Conservador

Se você busca segurança total e acesso rápido ao dinheiro, o Tesouro Selic é ideal. Ele protege seu capital e ainda permite movimentações com facilidade.

Perfil de Médio Prazo

Caso você possa manter o dinheiro investido por mais tempo, CDBs com taxas superiores a 100% do CDI tornam-se bastante atrativos. Além disso, podem gerar um rendimento mais interessante ao final do período.

Estratégia de Equilíbrio

Em vez de escolher entre um ou outro, você pode combinar os dois. Por exemplo:

  • Mantenha a reserva de emergência no Tesouro Selic;

  • Utilize CDBs para metas de médio prazo com vencimentos definidos.

Dessa maneira, você equilibra rentabilidade e liquidez com segurança.


Conclusão: Tesouro Direto ou CDB 2025, Qual Vale Mais a Pena?

Ambas as opções são válidas e seguras em 2025, especialmente em um ambiente de juros elevados. No entanto, entender seu perfil e seus objetivos é o primeiro passo para fazer uma escolha assertiva.

  • Tesouro Direto oferece liquidez, estabilidade e menor risco;

  • CDBs, por sua vez, podem entregar rendimentos superiores, desde que bem avaliados.

Portanto, ao diversificar seus investimentos, você reduz riscos e potencializa ganhos. Combine produtos, respeite prazos e mantenha um acompanhamento regular. Assim, sua carteira terá mais equilíbrio e melhores resultados ao longo do tempo.

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